Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), avalia o resultado da reunião do Copom finalizada hoje. Segundo Burti, para reduzir a taxa, o ajuste fiscal não pode ser mais protelado e precisa estar focado no corte de despesas e na sinalização de reformas, para garantir solvência futura das contas públicas
“A decisão de manter a taxa básica inalterada foi acertada e se explica pelo fato de que a inflação, apesar de estar desacelerando, continua muito elevada, bem acima da meta anual oficial. Mas o grave momento econômico vivido pelo País demanda reduzir as taxas de juros o mais rapidamente possível. E, para que isso ocorra, o ajuste fiscal não pode ser mais protelado”, frisa Burti.
Para ele, o ajuste precisa estar focado no corte de despesas públicas e na sinalização de reformas, como a da Previdência, “que visem a garantir a solvência futura das contas públicas”.
“Não se deve recorrer ao expediente de aumentar ou criar novos impostos porque isso somente aprofundaria a contração da economia”, alerta o presidente da Facesp.