A confiança dos pequenos e médios empresários no Brasil para o terceiro trimestre de 2016 cresceu quando comparada ao trimestre anterior, segundo o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander. O indicador somou 60,35 pontos, alta de 3,18%, quando comparado ao resultado do segundo trimestre deste ano.
O avanço registrado no período foi impulsionado pela melhoria na avaliação dos empresários em relação aos quesitos Faturamento (64,8 pontos) e Ramo (64,1 pontos), que registraram avanço de 1,8% e 6,19%, respectivamente, ante os resultados do segundo trimestre de 2016.
De acordo com Gino Olivares, professor e pesquisador do Insper, o avanço do IC-PMN foi puxado, principalmente, pelo aumento da confiança com relação à economia. “O indicador sugere que os empresários estão mais otimistas em função das mudanças percebidas ou esperadas nas condições macroeconômicas no País, que podem representar uma recuperação mais rápida da atividade econômica”, comenta Olivares.
Para Marcelo Aleixo, superintendente executivo de Pequenas e Médias Empresas do Santander, a continuidade do apoio às PMEs se faz ainda mais importante quando elas voltam a acreditar na retomada da economia. “Neste período, além do suporte financeiro, oferecemos informação, capacitação e inspiração aos pequenos e médios empresários por meio do Programa Avançar.”
A confiança em relação à economia também avançou, totalizando 59,23 pontos, um crescimento de 12,19% ante o segundo trimestre de 2016. As avaliações sobre lucro (62,75 pontos) e empregados (54,31 pontos) mantiveram-se praticamente estáveis, com variações de apenas 0,76% e -0,12%, respectivamente, ante o trimestre anterior. Na contramão, a perspectiva sobre investimento (56,8 pontos) apresentou retratação de 1,01%, quando comparado com o segundo trimestre de 2016.
O resultado do IC-PMN revela que a confiança do empresário para o terceiro trimestre cresceu em praticamente todas as regiões, exceto no Norte do País. O Centro-Oeste e Sul foram as regiões com maiores níveis de confiança, pois mostraram altas de aproximadamente 4 pontos cada uma, somando respectivamente 62,30 pontos e 59,11 pontos. Sudeste (60,41 pontos) e Nordeste (60,23) registraram altas de 2,93% e 3,67% na mesma base de comparação. Já na região Norte houve queda de 2,45% no indicador de confiança, quando comparada ao segundo trimestre de 2016.
O comércio obteve o melhor índice na avaliação dos empresários por setor, ao somar, 60,82 pontos, alta de 5,46% frente ao trimestre anterior. A indústria (59,75 pontos) aumentou 3,45% e serviços (59,8 pontos) teve uma leve retração de 0,85%.
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.262 pequenos e médios empresários de todo o País, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 1,4% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
O IC-PMN mede a confiança do empresário de pequenos e médios negócios (com faturamento até R$ 80MM) na economia brasileira. O índice reflete as perspectivas deste grupo com relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. Trimestral e único no País, o indicador foi lançado em novembro de 2008 e é organizado pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper com o apoio do Santander. Os empresários respondem questões obedecendo a uma escala de 0 a 100 pontos, onde 100 representa o nível máximo de confiança.
FONTE: Centro de Estudos em Negócios do Insper